E as tantas palavras que escorriam pela boca espalharam-se por mundos escritos.

sábado, 9 de maio de 2009

Feliz dia das Mães!!

Opa! (exclamação mesmo, não é nenhuma propaganda de chopp)

Bem, é uma hora da manhã passada já e eu estou por aqui ainda. Dia estranho hoje. Meu estômago tá revirado. Como não estou conseguindo dormir e não tenho forças para ler um livro agora, vim escrever algo aqui. To sem idéias nesse atual momento de hibernação, mas como amanhã (ou hoje, já que já passou da meia-noite faz tempo) é dias das mães...podemos falar sobre isso, não?

Bem, a minha idéia quanto a mãe deve ser parecida com a de muitos filhos, acredito. Mãe para mim é algo essencial e inexplicável. Acho que quando Deus criou a mãe Ele quis mostrar o que significa o amor. A essência.

Sempre achei que ser mãe não é fácil...sobra tudo pra ela! "Mãe, cadê minha bermuda", "Mãe, o Junior me bateu!", "Mãe, tô com fome", "Mãe, mãe, mãe...". Como diria minha mãe "Ah se o nome mãe gastasseeee". Estaríamos ferrados, ia ter neguinho mudo, afinal só sabe chamar pela mãe pra tudo!

Ao mesmo tempo que acho uma tarefa difícil ser mãe, sempre achei também que mãe foi abençoada com o prazer de carregar um ser dentro dela, poder sentir cada detalhe, cada movimento do "serzinho" que cresce em sua barriga. Não há dinheiro que pague o momento em que o médico traz o filho e coloca ao lado da mãe, nem o momento em que a mãe vê seu filho pegando no sono em seu colo pela primeira vez... (nunca passei por isso, mas acredito fielmente nisso)

Mãe que é mãe não dorme antes dos filhos. Se você sai ela liga de meia em meia hora para saber como está e se vai demorar. Ela não come sem ligar para os filhos, ou tratá-los antes. “Uma mãe é aquela pessoa que ao ver que só ficam quatro bocados de bolo de chocolate tendo cinco pessoas à mesa, é a primeira a dizer que nunca gostou de chocolate" (li isso em algum lugar e achei a cara da minha mãe). Isso se chama doação. colocar em primeiro lugar o bem-estar de um outro ser. Mãe nos conhece mais do que imaginamos, podemos enganar um ou outro dizendo que está tudo bem, mas mãe já vê de longe que algo está errado e começa o interrogatório. E desista! Ela não vai parar de perguntar até você dizer algo.

Não importa a cor ou o credo, mãe e sempre mãe. E por mais "difícil" que seja "parir", cuidar, doar-se, ainda assim desejo um dia ser abençoada com o título de "mãe". E tenho quase certeza que tudo que vejo hoje como "difícil", será a coisa mais normal e prazeirosa de se fazer...


FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODAS AS ABENÇOADAS COM ESTE GRANDE TÍTULO!
Sem vocês... não existiríamos, MESMO! =)




Mãe, te amo!!! Minha amiga, confidente, birrenta, chatinha que eu mais amo nesse mundo. Deus não poderia ter me dado mãe melhor.


Agora segue um texto que provavelmente todos os filhos irão concordar... =)


Exageros de Mãe

Millôr Fernandes


Já te disse mais de mil vezes que não quero ver você descalço. Nunca vi uma criança tão suja em toda a minha vida. Quando teu pai chegar você vai morrer de tanto apanhar. Oh, meu Deus do céu, esse menino me deixa completamente maluca. Estou aqui há mais de um século esperando e o senhor não vem tomar banho. Se você fizer isso outra vez nunca mais me sai de casa. Pois é, não come nada: é por isso que está aí com o esqueleto à mostra. Se te pegar outra vez mexendo no açucareiro, te corto a mão. Oh, meu Deus, eu sou a mulher mais infeliz do mundo. Não chora desse jeito que você vai acordar o prédio inteiro. Você pensa que seu pai só trabalha pra você chupar Chica-Bon? Mas, furou de novo o sapato: você acha que seu pai é dono de sapataria, pra lhe dar um sapato novo todo dia? Onde é que você se sujou dessa maneira: acabei de lhe botar essa roupa não faz cinco minutos! Passei a noite toda acordada com o choro dele. Eu juro que um dia eu largo isso tudo e nunca ninguém mais me vê. Não se passa um dia que eu não tenha que dizer a mesma coisa. Não quero mais ver você brincando com esses moleques, esta é a última vez que estou lhe avisando.


Texto extraído do livro "'10 em Humor", Editora Expressão e Cultura - Rio de Janeiro, 1968, pág. 15.

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