E as tantas palavras que escorriam pela boca espalharam-se por mundos escritos.

domingo, 12 de agosto de 2012

Bagagens da vida

Quero sentir o gosto pelo sorriso verdadeiro, pelo sorriso livre, pelo sorriso de paz. Os acontecimentos nos prendem, são traiçoeiros! 
Fato é que precisamos passar por tantas coisas, tantos momentos indesejáveis para crescermos... 
No erro há apredizagem, no sofrimento há aprendizagem. A dor é forte. É um choro doído, sem explicação. As vezes silencioso, outras explosivo. É bom que passa. É ruim quando demora. Mas passa. Passa, sim!
Tem momentos que carregamos mais bagagens do que precisamos. Assim quando vamos para praia, ou pra qualquer lugar, viajar por uns dias. Levamos coisas desnecessárias que nem são usadas... Nossa mala fica pesada. Na vida não é muito diferente. Carregamos a raiva, a vergonha, a tristeza, a angústia, a indecisão e tantas coisas desnecessárias que só pesam. Não precisamos colocar isso em nossa mala. Podemos levar pra viagem só coisas leves: alegrias, força, sorrisos, esperança, perdão... Mas, entre precisar e acabar levando...

 
Falar parece mais simples. E realmente é! Percebi isso nos últimos dias. 
Mas quando a força não existe mais, quando estou totalmente esgotada...reconheço! E nem luto, apenas choro. Aquele choro doído que falei. Porque de nada adianta um ferido querer se meter na frente da batalha. Só vai arranjar mais machucados ou se acabar. É nesse momento que decido se vou continuar ferida, dolorida, ou se jogo tudo nas mãos de Deus. 
A segunda é mais saudável e sensata. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

É tudo e nada.


E nessa manhã nublada e chuvosa tudo que queria era o entardecer tranquilo, quente e límpido. De frente para um mundo de mistérios, força e beleza que é o mar. Saudades de "ganhar" tempo olhando para cada movimento, cada onda... E largando minhas dúvidas e problemas nas perturbações que se propagam através da água.
Lembro da minha adolescência, aquela mesma que eu pedi pra passar rápido e mal sabia que um dia sentiria falta. Lembro de quando olhar o mar era um passatempo. Eu saía da casa de praia da minha prima com apenas uma cadeira, um livro e minha canga. A cadeira era um conforto, o livro era um mergulho de frente pro mar, a canga serviria como refúgio caso ventasse muito no final da tarde. A praia era vazia, vazia de gente porque ela era cheia de beleza, cheia de sonhos, cheia dos mais loucos devaneios. Ahh, e eu pedindo um agito! Tolice de uma adolescência sem experiência. Mas que adolescência não é? Aproveitei o quanto quis, não tudo que pude. Mas, foi o suficiente pra eu lembrar com gosto e saber que senti o maravilhoso. Não deixei passar. Aquele vazio era mágico! A praia era minha, nem que fosse por instantes, até aparecer alguém perambulando no raso do mar. Eu tinha o nada e queria o tudo. Sem saber que nesse caso o nada era mais tudo que o tudo que eu queria. O nada era simplesmente tudo que eu precisava agora.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Viver é deixar viver

"Quantas coisas eu ainda vou provar? Quantas besteiras eu ainda vou pensar? E quantos sonhos no tempo vão se esfarelar? Quantas vezes eu vou me criticar? Eu tenho andado tão sozinha que eu nem sei no que acreditar Que a paz que busco agora nem a dor vai me negar. Não deixe o sol morrer Errar é aprender Viver é deixar viver"

 *Frejat

 Por que a simplicidade é tão difícil?

terça-feira, 24 de julho de 2012

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
(Oscar Wilde)




Pessoas normais não marcam a vida de ninguém! ;)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

É uma tolice mentir.

Quem nunca conheceu um tolo? Sim, uma pessoa tola. Alguém tão sem juízo quanto tomar laxante um dia antes do casamento. Alguém que abusa da liberdade de ser pateta. Às vezes vem embrulhado em um lindo papel de inteligência e um laço de perspicácia. Mas, sabe quando você abre um presente com um embrulho lindo e acaba ficando com cara de quem acabou de ganhar sua quinta caneca? Em outros casos pode até ser dotado de uma astúcia. Mas, o desejo de soberania (soberania essa que quase sempre é inexistente) o faz ganhar o troféu da tolice.
Tolice achar que tudo sabe. O tolo acredita ter o poder e o conhecimento de tudo em mãos, nada foge. Só o mentiroso ganha do "glamour" do tolo. Só o mentiroso consegue deixar o tolo não tão indesejável.
Claro, o mentiroso é pior! Este não acha que é superior o tempo todo, nem estufa o peito todo instante. O mentiroso apenas acredita que suas mentiras são verdadeiras de tanto que as defende. Um ciclo vicioso. O fez crer que tudo é exatamente o que falou. Não mente porque sabe que está mentindo, mente porque acredita fielmente no que diz. É um tolo!