E as tantas palavras que escorriam pela boca espalharam-se por mundos escritos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

AS LINGUAGENS DO AMOR

O que acontece com o amor após o casamento? Por que existem tantos divórcios? Tantas separações? Aonde estava o amor que preenchia o casal antes do casamento??
Não adianta casarmos 1,2,3 vezes até acharmos nosso par perfeito. Nunca conseguiremos achar se não pararmos para analisar como o amor funciona. Não vou trazer aqui explicações sobre o amor. Mas quero repassar algo que li, um pequeno "resumo" de como é a linguagem do amor. Do livro "As cinco linguagens do amor", de Gary Chapman.

Quando somos crianças precisamos nos sentir amadas, queridas por alguém (que no caso são nossos pais). Isso desenvolve a linguagem do amor emocional, afinal as crianças receberam uma boa formação psicológica única. As que não se sentem amadas desenvolverão a primeira linguagem do amor só que distorcida, com falhas. Li um caso de um adolescente que contraíu o virús HIV. Ela tinha apenas 13 anos, se não me engano. E a resposta dela ao perguntar o porque que ela fez isso foi: " Quando meus pais se separaram eu pensei que meu pai havia ido embora porque não me amava, aí minha mãe casou-se com outro cara e pensei que também não precisasse mais de mim, eu precisava ser amada por alguém, aí conheci esse menino mais velho que eu, não queria fazer sexo, mas me sentia amada por ele".

O amor com certeza é a palavra mais importante em qualquer idioma e tem um papel central na nossa vida. "O amor faz o mundo girar", "é esplendoroso". Psicólogos dizem que sentir-se amado é a principal necessidade do ser humano. E nunca as coisas materiais poderão suprir a necessidade emocional. Alguma coisa em nossa natureza clama por ser amado.

Nosso sonhos antes de nos casarmos são de êxtase conjugal. "Vamos fazer um ao outro superfelizes. Outros casais podem discutir mas isso nunca acontecerá conosco. Nós nos amamos". Ficamos cegos . Tudo é perfeito. Somos levados a acreditar que, se de fato estivermos apaixonados esse amor durará para sempre, todos os maravilhosos sentimentos nos acompanharão para sempre. "Alguns casais perdem esse sentimento mais nunca acontecerá conosco", "Eles nunca sentiram um amor verdadeiro como o nosso".

Acredite: paixão acaba! A pscióloga Dorothy Tennov estudou comportamentos entre casais e concluiu que a obsessão romântica dura, em média, dois anos. Todos nós descemos das nuvens e pisamos em terra firme novamente. Nossos olhos passam a enxergar as "verrugas". Descobrimos que alguns traços de personalidade realmente são irritantes. Traços que não percebemos antes e agora se tornam montanhas.

O que aconteceu com a paixão? Tantos anos ao lado dele (a)! Será que foi amor? Acho que sim, o que faltou foi comunicação.

A primeira falha: Paixão dura para sempre. Falso conceito. Imagina se a paixão durasse para sempre! Pessoas obcecadas...as ondas da paixão atingiria os negócios, as indústrias, a igreja, educação. Por quê? Pessoas apaixonadas perdem interesse nas outras coisas. Somos capazes de enfrentar qualquer coisa. Essa obsessão dá-nos o falso sentimento de que nossas atitudes egocêntricas foram erradicadas e nos tornamos uma "Madre Teresa de Calcutá", de tão desejosos de fazer qualquer coisa para a pessoa amada. Ninguém é totalmente altruísta, a paixão estabelece essa ilusão.

Aí vem as ondas da realidade. É nesse ponto que muitos desistem, separam-se. Alguns pesquisadores chegaram a conclusão que a experiência da paixão não deveria, de forma alguma, ser chamada de amor.

*Apaixonar-se não é um ato da vontade, nem uma escolha (a gente não escolhe se apaixonar, isso já é clichê). Não importa o quanto desejamos, não conseguimos nos apaixonar por vontade. "Ah, esse cara é perfeito pra mim, quero me apaixonar..." e puff! aconteceu! Não. as vezes até nos apaixonamos por pessoas erradas em momentos errados.

*Apaixonar-se não é amor verdadeiro porque não implica nenhuma participação de nossa parte. Tudo o que fazemos exige pouca disciplina e esforço.

*A pessoa apaixonada não está, de fato, interessada em incentivar o crescimento pessoal daquela por quem nutre sua paixão. Se tem algum propóstio em mente ao nos apaixonarmos é acabar com a solidão e, talvez, assegurar essa solução com o casamento.

Mas o que é paixão?
"É um componente instintivo e geneticamente determinado do comportamento de acasalamento. Em outras palavras, um colapso temporário das reservas do ego que constituem o apaixonar-se; é uma reação estereotipada do ser humano a uma configuração de tendências sexuais internas e estimulações sexuais externas, as quais designam-se ao crescimento da probabilidade da união e elo sexual, tendo em vista a perpetuação da espécie". (Paixão segundo o psiquiatra Dr. Scott Peck")

Quer concordemos ou não com essa conclusão, os que se apaixonaram e saíram desse estado de paixão, concluirão que essa experiência arremessa-nos a um órbita emocional diferente de qualquer outra que porventura experimentemos. Aí vem o perigo de pessoas que acabam fazendo diversas coisas no auge da paixão e depois se arrependem. Exemplo: três meses de namoro "vamos casar!". Casados: "Por que casei?", "Não combinamos em nada, ele é tão diferente de mim".

Isso significa que por termos sido fisgados dentro da ilusão da paixão, encontramo-nos agora em duas opções: 1) Viver uma vida miserável por resto da vida com nosso cônjuge ou 2) nos separarmos. Que o que tem acontecido e MUITO nos últimos tempos.

Mas Graças ao bom Deus, pesquisas indicam que há uma terceira e MELHOR opção: reconhecer que a paixão é o que é - um pico emocional temporário - e então desenvolver o amor verdadeiro com nosso cônjuge. Também de natureza emocional, mas não obsessivo.

Nossa necessidade emocional básica é ser verdadeiramente amado (a)., não nos apaixonarmos. É conhecer o amor pelos pilares da razão e da escolha, não do instinto. Precisamos ser amados por alguém que nos escolheu amar, que vê em nós algo digno de ser amado. Esse tipo de amor exige esforço e disciplina. Não exige euforia da experiência da paixão. Para falar a verdade, o amor verdadeiro não começa enquanto a experiência da paixão não tiver seguido seu curso.

Amor racional, volitivo, é o tipo de amor para o qual os sábios nos conclamam. Não se deve levar em consideração os atos de bondade de uma pessoa sob a influência da paixão obsessiva. Mas um retorno ao mundo real, onde se inclui a escolha humana, permite optar por sermos gentis e generosos, que é o amor verdadeiro.

Precisamos ser amados em nosso casamento. É isso que desejamos. Nos sentimos seguros sendo amados e aceitos. Isso acontece no estágio da paixão e é fantástico enquanto dura. Nosso erro é achar que ela nunca acabará.

Mas a boa notícia para os casais que perderam o sentimento da paixão é que vem coisa melhor depois. Vendo o amor como uma opção, esses casais são capazes de amar depois de perderem o sentimento da paixão. O amor é a atitude que diz: "Sou casado com você e escolho lutar por seus interesses". E assim encontrarão boas formas de desenvolver essas decisão.

Vai ter gente dizendo "Isso é um absurdo!", "Parece tão estéril! Amor como atitude e com comportamento adequado?". "Onde estão as estrelas cadentes e as fortes emoções?", "Onde ficam a ansiedade do encontro, a piscada de olho, a eletricidade do beijo e o entusiasmo do sexo?". "E a segurança emocional de sabermos que ocupamos o primeiro lugar na mente de outra pessoa?".

Com o amor você tem tudo isso e um pouco mais. O amor apenas começa quando a paixão acaba, pois aí, sim...mesmo enxergando alguns defeitos algumas falhas, você sabe que aquela pessoa é seu companheiro ideal. E vai lutar por isso. Porque ninguém falou que é amar é simples. Se fosse simples, por que Jesus diria para amar nosso próximo. Seria simples. Apenas amar. Mas o amor vai além de simplesmente amar. Ele precisa de dedicação, de esforço. Depois as coisas fluem naturalmente. Por que o amor foi construído.

O que eu quero dizer com todo esse "pequeno resumo" é que para vivermos felizes, e construirmos um amor lindo e duradouro, antes precisamos suprir as profundas necessidades de amor do nosso companheiro. E cada um pode ter uma linguagem diferente. Se aprendermos e optarmos por isso, o amor que compartilhamos vai ser melhor que qualquer coisa que sentimos quando dominados pela paixão. O segredo é você descobrir a linguagem de amor do seu cônjuge.
Raramente encontramos algum casal onde ambos possuam a mesma linguagem do amor. Normalmente as pessoas utilizam diferentes linguagens para se comunicarem, gerando muita confusão e pouco entendimento. O mesmo acontece no âmbito do amor. Sua linguagem emocional e a de seu cônjuge podem ser tão diferentes quanto é o idioma chinês do inglês. Não importa o tanto que você se esforce para manifestar seu amor em inglês, se seu cônjuge só entende chinês; jamais conseguirão entender o quanto se amam.

As linguagens do amor se dividem em cinco tipos

1) PALAVRAS DE AFIRMAÇÃO
2) TEMPO DE QUALIDADE
3) PRESENTES
4) ATOS DE SERVIÇO
5) TOQUE FÍSICO

Prometo que no próximo tópico explico cada linguagem, esse já está bem grandinho.

Ps: tem um psiquiatra Dr Ross Campbell que diz que as crianças tem um "tanque do amor" e precisam que esteja sempre cheio para crescerem saudáveis emocionalmente, por isso algumas quando crescem tem mais facilidade de demonstrar carinho enquanto outras são mais fechadas. Só que Gary Chapman chegou a conclusão que todos nós temos um "tanque do amor", pois mesmo depois de adultos temos a necessidado de continuar sendo amados e aceitos.

Não poderia terminar sem antes dizer que depois de praticamente três anos ao lado do Bruno eu posso afirmar cada palavra aqui dita. Houve sim uma paixão avassaladora, mas que não me sinto mal por ela ter "terminado". Afinal, deu vida para um amor que até então eu não tinha noção do quão grande podia ser. Tudo tem seu tempo. Tudo tem seu momento. E a cada dia percebo o quanto ele se esforça para corresponder a minha linguagem do amor. Te amo, Bruno Weber. Por tudo que és na minha vida. Por teu amor que me ensina e me alegra a cada dia.

Nenhum comentário: