E as tantas palavras que escorriam pela boca espalharam-se por mundos escritos.

terça-feira, 31 de julho de 2012

É tudo e nada.


E nessa manhã nublada e chuvosa tudo que queria era o entardecer tranquilo, quente e límpido. De frente para um mundo de mistérios, força e beleza que é o mar. Saudades de "ganhar" tempo olhando para cada movimento, cada onda... E largando minhas dúvidas e problemas nas perturbações que se propagam através da água.
Lembro da minha adolescência, aquela mesma que eu pedi pra passar rápido e mal sabia que um dia sentiria falta. Lembro de quando olhar o mar era um passatempo. Eu saía da casa de praia da minha prima com apenas uma cadeira, um livro e minha canga. A cadeira era um conforto, o livro era um mergulho de frente pro mar, a canga serviria como refúgio caso ventasse muito no final da tarde. A praia era vazia, vazia de gente porque ela era cheia de beleza, cheia de sonhos, cheia dos mais loucos devaneios. Ahh, e eu pedindo um agito! Tolice de uma adolescência sem experiência. Mas que adolescência não é? Aproveitei o quanto quis, não tudo que pude. Mas, foi o suficiente pra eu lembrar com gosto e saber que senti o maravilhoso. Não deixei passar. Aquele vazio era mágico! A praia era minha, nem que fosse por instantes, até aparecer alguém perambulando no raso do mar. Eu tinha o nada e queria o tudo. Sem saber que nesse caso o nada era mais tudo que o tudo que eu queria. O nada era simplesmente tudo que eu precisava agora.

2 comentários:

Cecilia e Helena disse...

Oi, Moh! Obrigada pela visita! Aquele tecido de gatinhos é lindo, né? Infelizmente, não tenho mais, e acho que pararam de fabricar, pois não consigo comprar mais de jeito nenhum. Mantenha o contato!
Beijos
Helena

Unknown disse...

Moh a foto é antiga mais você esta lindona.
Com certeza entrega tudo nas mãos de Deus,só ele para nos ajudar.
Bjs!